ANÁLISE FILOSÓFICA DE FILMES

Autores

  • Ana Júlia Oliveira a:1:{s:5:"pt_BR";s:26:"IFTM - Campus Uberlândia ";}

Palavras-chave:

Filosofia; Cinema; Ficção científica.

Resumo

Dentre as diferentes aproximações possíveis dos universos do Cinema e da Filosofia, nos interessa particularmente o exercício da reflexão filosófica a partir de obras cinematográficas. Acreditamos que todo filme, na medida em que representa visões de mundo e experiências humanas, pode ser objeto de análise filosófica. A experiência cinematográfica pode ser lida filosoficamente, serve de porta de entrada para pesquisas mais aprofundadas e promove uma aproximação entre a audiência investigadora e problemas tradicionalmente filosóficos. O recorte que iremos explorar aqui é o da ficção científica cinematográfica e as questões que dela podemos extrair. Problemas como a natureza da atividade de pensar, a relação entre corpo e alma, a definição de ser humano, os limites éticos da tecnologia, entre outros, são explorados nessas obras. Apresentaremos as análises de dois filmes. Blade Runner: o caçador de androides, de 1982, suscita reflexões acerca do conceito de humanidade, da importância da mortalidade na definição do que é ser humano, da interface entre memória, consciência e identidade, da importância que o reconhecimento de outros seres humanos tem para a identificação de algo como humano ou não. Questões que foram abordadas por pensadores como Descartes, Locke, Sócrates, Heráclito e Hobbes. O filme de 2013 Ela apresenta em seu enredo situações que provocam reflexões sobre a solidão, as relações afetivas virtuais e reais, a natureza da Inteligência Artificial e os benefícios e malefícios de seu uso pelas pessoas. O que por sua vez nos remete aos pensamentos de Turing, Searle, Ryle, Levy etc.

Publicado

24-02-2021